Parasitas ovóides são, como diz o dr. Ricardo Di Bernardi, "espíritos hu manos que, pela manutenção de uma idéia fixa e doentia (monoideísmo), acabam estabelecendo uma vibração de baixa freqüência e comprimento de onda longo que, com o passar do tempo, produz uma deformação pro gressiva no seu corpo espiritual".
Ovóides são, portanto, espíritos em estado tão profundo de perturbação que perderam a consciência de sua natureza humana de seu perispírito.
Portanto, não perdem o perispírito, não se manifestam apenas em corpo mental, mas estão com o perispírito (ou corpo espiritual, ou psicossoma) tão deformado que estes não tem mais a forma humana, apenas uma forma ovalada.
Di Bernardi diz ainda que se trata “de um monodeísmo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante, de maneira desequilibrada, gerando um energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma freqüência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o ovóide”.
Assim, a insistência do espírito em, por auto-hipnose, reviver pensamentos e sentimentos negativos, geralmente de apego, remorso e vingança, faz com que perca a noção de tempo e espaço, e se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de função, os órgãos do psicossoma, assumindo a forma de círculo vicioso em que vive mentalmente.
Quando uma pessoa entre em estado vegetativo com o seu corpo físico, não tem mais a capacidade de se manifestar com ele, mas não o perde; o corpo continua vivo, embora inerte.
No caso do ovóide e do psicossoma é a mesma coisa. Por isso, não podemos falar em segunda morte, como querem alguns, assim como o estado vegetativo do corpo físico ainda não é a primeira morte, embora possa estar em vias de ser.
Ou seja, o perispírito entra numa espécie de estado vegetativo, mas não se desintegra ou desaparece. O ovóide não o perde. É justamente o perispírito, aliás, que fica ovalado.
Ainda segundo Di Bernardi, esse processo de se tornar ovóide ocor re porque o "psicossoma também é composto de moléculas, tal como o corpo físico, Por analogia, imagine mos as moléculas do corpo astral como as moléculas dos gases: elas são maleáveis e se modificam ao sa bor da pressão, da temperatura e até do recipiente que as contém. As mo léculas do perispírito são moldáveis pelo pensamento e pelo sentimento, tomam formas, de acordo com a vi bração do espírito, Assim, se tornam brilhantes, opacas, densas ou leves".
Quando esses ovóides se ligam a uma consciência, encarnada ou de sencarnada, em especial, fica caracterizado então o processo obsessivo por parasita ovóide.
Nesse caso, a massa fluídica em que se transformou o perispírito do desencarnado envolve sutilmente seu alvo e, depois, liga-se ou cola-se ao seu corpo físico ou astral, distorcen do-lhe idéias, pensamentos, opiniões e atitudes.
O ovóide só é incapaz de ma nipular energias, locomover-se e interagir conscientemente, de livre e espontânea vontade, mas pode fazê-lo no automático, pelo instin to, atraído pela sintonia, E para isso precisa do psicossoma, ainda que em estado precário, assim como mantemos funções básicas auto máticas como respirar, urinar e de fecar, mesmo em estado vegetativo do corpo físico. O ovóide pode chegar à aura de alguém somente pela atração que essa pessoa exerce sobre ele, Nada mais é necessário como ponte. Basta a sintonia entre os dois, Como ímãs.
Além da influência psicológica, os parasitas ovóides agem também drenando energias do obsidiado, podendo levá-lo até ao desencarne, caso seja encarnado.
No entanto, é importante notar que, como em qualquer processo obsessivo, a ligação do parasita ovói de com sua "vítima" nunca acontece sem a anuência ou permissão da pró pria vítima, ainda que inconsciente, pelo hábito de cultivar pensamentos de remorso, ódio, egoísmo, desejo de vingança, apego excessivo a coisas e pessoas etc.
Os ovóides também podem ser hipnotizados por outras consciências e não só auto-hipnotizados, infelizmente. Existem espíritos que têm pro fundos conhecimentos de hipnose e usam esse conhecimento para mani pular a mente de outros desencarna dos, transformando-os em ovóides e alojando-os na aura ou no perispírito de encarnados que querem prejudi car. Isso, infelizmente, é mais comum do que se pensa.
Quanto aos ovóides que alguns chamam de benéficos, creio que não poderíamos chamar de "ovóides", pois não são espíritos que estejam sofrendo de monoideísmo, mas pro vavelmente espíritos num grau tal de evolução e luz que se manifestam sem o perispírito, exclusivamente com seu corpo mental, o qual não tem forma humana e se apresenta para nós, que estamos limitados pela percepção tridimensional, como bo las de luz, dando a impressão de que seriam ovóides luminosos.
Nesse caso, eles não estão con finados a um círculo vicioso por te rem se auto-hipnotizado numa única idéia. É justamente o contrário. Eles expandiram tanto seus horizontes espirituais, que prescindem da forma humana e do perispírito para se ma nifestar, e se apresentam apenas em seu corpo mental.
As citações do dr. Di Bernardi podem ser encontradas no site: www. ajornada.hpg.ig.com.br.
E mais sobre ovóides pode ser lido nos seguintes livros de André Luiz: Nosso Lar (capítulo 31); Evolução em Dois Mundos (Parte I, capítulo 14).
Fonte: REVISTA ESPIRITISMO & CIÊNCIA ANO 4 – Nº 42.
Maísa Intelisano
One Comment
alguém já leu Icaro Redimido do Gilson Freire geralmente não bem visto por ser adepto do excelente Pietro Ubaldi traduzido pelo não menos excelente Carlos Torres Pastorino. Esse livro do Gilson dá um nó na cabeças dos ortodoxos que acreditam que no Espiritismo só existe Kardec, Chico e Divaldo