O homem é um ser muitíssimo complexo, e nós espíritos desencarnados, ainda pouco sabemos da sua contextura espiritual eterna. O espírito do homem é um fragmento ou centelha virginal do Espírito Cósmico. É inconsciente em sua origem, até habitar a matéria, onde aprende a engatinhar e a modelar a sua consciência de existir ou ser alguém no seio do todo.
Através dos estímulos da vida animal, inferior ou instintiva entra em relação com o meio ambiente e, gradualmente, coordena suas reações, passando a sentir-se um indivíduo de existência á parte, porém, intimamente ligado ao Espírito de Deus.
O espírito virginal emanado de Deus não pode se ligar de súbito ao plano denso da matéria. Deste modo, ao emanar do Criador, tem de operar em si mesmo uma incessante e gradativa redução vibratória ou descida espiritual, ate conseguir ajustar-se ao padrão do mundo material.
Sobre a contextura essencial do espírito do homem e naturalmente em fusão consciente com o próprio Deus, ainda pouco sabemos em nosso atual estado evolutivo. Ademais, não encontramos vocábulos e meio de comparação para explicar ao Intelecto humano, na sua tradicional limitação, qual seja a concepção exata do Infinito.
Na verdade, o espírito só pode ser sentido e não descrito; é um percebimento interno, íntimo e pessoal de cada ser, impossível de ser explicado a contento para aqueles que ainda não usufrui da mesma experiência. O espírito terá que vencer muitos degraus, em sua escala evolutiva, desde a sua fase animal até o estado de arcanjo, para que o espírito humano se faça sentir, em sua glória e poder. Os que já sentem essa realidade habitam planos inacessíveis ao nosso entendimento e não poderiam explicar-nos, pela insuficiência da linguagem.
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