Archive for 01/02/2011 - 01/03/2011

Frases






"Vós me chamais, Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Se, portanto, eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais."
Jesus

Nisto lhe disse João: "Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não vai convosco." Respondeu-lhes Jesus: "Não lho proibais; porque quem realiza obras poderosas em meu nome não pode dizer mal de mim. Quem não é contra vós é por vós. Quem vos der de beber um copo d'água em meu nome, por serdes do Cristo, em verdade eu vos digo que não ficará sem recompensa."
Marcos, 9: 38-41



"... não há separatividade nem competição entre os espíritos benfeitores, responsáveis pela espiritualização da humanidade. As dissensões sectaristas, criticas comuns entre adeptos espiritualistas, discussões estéreis e conflitos religiosos, são frutos da ignorância, inquietude e instabilidade espiritual dos encarnados."

"... todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser... As lições que o homem recebe continuamente, acima do seu próprio grau espiritual, significam nova posição evolutiva que ele depois deverá assumir, quando terminar sua experiência religiosa em curso."

"A Administração Sideral não pretende impor ao Universo uma religião ou doutrina exclusivista; porém, no esquema divino da vida do espírito eterno só existe um objetivo irredutível e definitivo: o Amor."

Ramatís
"A Missão do Espiritismo" (capítulo "Espiritismo e Umbanda")

Sal grosso






O sal é conhecido como excelente condutor elétrico em solução aquosa na química e na Umbanda ,através dos banhos,nos higieniza atraindo e potencializando a condução de energias deletérias impregnadas no nosso corpo físico e astral para a solução aquosa em que se encontra(o banho).

O uso do sal grosso ao invés do sal de cozinha comum não se faz por acaso mas com bases até químicas que demonstram as diferenças nas suas constituições que certamente influem no uso magístico:
-------------------------------Grosso----------Comum
Nacl=.................................99,75 -----------99,20
Cálcio= ................................0,10-------------0,04
Magnésio=.......................... .0,05------------0,02
Sulfato=................................0,30------------0,15
Insolúveis=...........................0,10------------0,06
Iodato de Potássio=..............0,00------------Variável de acordo com a marca
Ferrocianeto de Sódio=........0,00------------ Variável de acordo com a marca
Alumínio Silicato de Sódio=0,00 ------------Variável de acordo com a marca

Na Antigüidade, os assírios já o utilizavam nos cultos. Na religião judaica, por outro lado, o sal sempre teve forte presença simbólica. O Antigo Testamento narra, por exemplo, o caso da mulher de Lot que foi transformada em estátua de sal porque olhou para trás ao fugir de Sodoma e Gomorra, cidades destruídas pela ira divina. Para os hebreus, o sal era um elemento purificador, símbolo da perenidade da aliança entre Deus e o povo de Israel. O ritual de batismo da Igreja Católica Romana, em que cristais de sal são colocados nos lábios dos recém-nascidos, reafirma a crença judaica no sal como purificador.

Na Idade Média, porém, a antiga santidade do sal acabou se transformando em malefício e proliferavam superstições como a de que desperdiçar sal era mau agouro, além de abjeto. Falando do Brasil, na sentença que condenou o inconfidente Tiradentes à morte, em 1792, os juízes portugueses mandaram salgar o chão de sua casa para que ali nada mais tornasse a nascer.
Uma curiosidade interessante é que o sal foi a origem da palavra ''salário’ ([Do lat. salariu, ''ração de sal'', ''soldo''.]), visto que os soldados do Império Romano recebiam parte de sua paga em sal.



Sal e açúcar são sólidos solúveis em água, porém apresentam propriedades completamente diferentes quanto à condução de corrente elétrica. O sal é um composto iônico que, dissolvido em água, sofre dissociação iônica, formando uma solução eletrólica (conduz corrente elétrica).

O açucar apenas se dissolve formando uma solução molecular, não-eletrólica, portanto não conduz corrente elétrica.

Um cubo de açúcar contém muitas moléculas e elas são mantidas unidas pelas ligações de hidrogênio (Interação intermolecular entre o hidrogênio e um elemento com elevada eletronegatividade –ex= Oxigênio ou Nitrogênio).Quando um cubo de açúcar dissolve, cada molécula permanece intacta. A molécula estabelece ligações intermoleculares com as moléculas de água e desfaz as ligações de hidrogênio com as outras moléculas de açúcar. Por outro lado, o sal em solução transforma-se em íons, como o cátion Na+ e o ânion Cl-. A solubilidade do cloreto de sódio só é possível devido a afinidade eletrônica existente entre o soluto (sal) e o solvente (água)

O cloreto de sódio é um sólido iônico. Portanto, há interações de atração e repulsão entre as cargas dos íons. Existe uma propriedade nos sólidos chama da “número de coordenação”, a qual representa o número de íons que circunda um outro íon.

Lembra-se nos cursinhos da vida a equação termodinâmica DG = DH – TDS ? A energia livre é resultado da interação da variação da entalpia (DH) com a variação da entropia (DS), sob efeito da temperatura (T).

No caso do cloreto de sódio, há uma diminuição da entropia, isto é, há uma organização maior do produto em comparação aos reagentes. (Entropia é a grandeza física que descreve a capacidade de um sistema para realizar trabalho. A propriedade que descreve a desordem de um sistema.)

A água destilada é um péssimo condutor de eletricidade (banhos não se fazem com água de torneira que contém cloro em grande quantidade, flúor, etc). Contudo ao adicionarmos cloreto de sódio (preferivelmente em água quente ou morna para aumentar a solubilidade do sal), ocorre a solubilização do mesmo e a conseqüente condução elétrica. Os íons presentes na solução servem como uma espécie de ‘ponte’ que leva os elétrons da superfície de contato a se moverem na solução e chegarem aos pólos positivo e negativo.

O sal refinado passam por lavagem, são moídos, centrifugados e secos em altas temperaturas.São adicionados compostos antiumectantes e uma dose de iodato de potássio para prevenção ao bócio. O sal grosso sofre um processo de recristalização (Processo de cristalização sucessiva de forma a obter cristais mais regulares) o que explica a formação de cristais maiores.
A cristalização é feita no fundo do cristalizador. O sal resultante tem uma granulometria muito variável, tendencialmente grande, os cristais têm invariavelmente a forma cúbica de halite (cloreto de sódio puro) não sendo possível desagregá-los com os dedos

O processamento do sal grosso depois de colhido, o sal é pré-lavado e armazenado em grandes pilhas, ou serras. Antes de ser embalado, e de modo a torná-lo branco, o sal é lavado novamente, centrifugado, seco por calor de combustão de derivados do petróleo, moído e crivado.

Já no processamento do sal refinado,este é seco por calor de combustão de derivados do petróleo e aditivado de antiaglomerantes, entre os quais o ferrocianeto de potássio, o fosfato de cálcio, o silicato de cálcio-alumínio, ou o aluminosilicfato de sódio. Outros aditivos ditos benéficos poderão ser acrescentados, como flúor ou o iodo.

De acordo com texto extraído do Jornal Nutrinforma – Edição 5 (2001) + http://www.mundovertical.com/fisica/osal.htm- cito abaixo:
SAL DE COZINHA - é o mais comum. Geralmente refinado, é "enriquecido" com iodo, selênio magnésio e zinco.
SAL GROSSO - é como o sal de cozinha, mas não é refinado.
“Existem sérios problemas quanto à adição deste iodo sintético. Os aditivos iodados oxidam rapidamente quando expostos à luz. Assim, a dextrose é adicionada como estabilizante, porém, combinada com o iodeto de potássio, produz no sal de mesa uma inconveniente cor roxa, o que exige então a adição de alvejantes como o carbonato de sódio, grande promotor de cálculos renais e biliares, conforme vários estudos científicos. Este produto existe em quantidades descontroladas no sal refinado, pois é impossível a sua distribuição uniforme. Na industrialização do sal, freqüentemente é aplicado vácuo e lavagem a quente para "clarificar" o produto final, perdendo-se nesta operação a maior parte dos macro e micro elementos acima mencionados, a maior parte deles úteis na ativação de enzimas e coenzimas. Depois de empobrecido, o sal refinado é "enriquecido" com aditivos químicos, contendo então perto de 2% de substâncias perigosas ao metabolismo humano.


Para evitar sua liquefação e empedramento ele é aditivado com antiumectantes como óxido e o carbonato de cálcio (cal de parede) que irá favorecer o aparecimento de cálculos renais e vesicais. Outros aditivos que costumam ser usados: ferrocianato e prussiato amarelo de sódio, fosfato tricálcico de alumínio, silicato de alumínio e sódio, etc. Obtém-se assim o sal refinado que agrada à dona-de-casa: branco, brilhante e soltinho, mas sem os seus 2,5% dos seus componentes naturais, que não são exigidos por lei.”


Notamos acima que existe uma significativa alteração química que diferencia o sal grosso do sal refinado .Como a “magística” da Umbanda não se dissocia das Leis Universais ,utilizar produtos de constituição físico-químicas diferentes implica em resultados finais também diferentes. Também é essencial frisar que como a “magística” da Umbanda é ligada diretamente com a Natureza , a utilização de elementos o quanto mais puros e livres da interferência industrial também se faz essencial à medida do possível.Desta forma quando existe condições ,o uso do sal marinho não lavado industrialmente é feito porém como ,por vezes, existem dificuldades para a obtenção do mesmo , a Umbanda(por determinação da Espiritualidade Superior) passa a optar pelo uso do produto mais próximo à “pureza natural” ou seja o sal grosso.

Ainda citando a fonte acima:


“O sal marinho contém cerca de 84 elementos que são eliminados ou extraídos para a comercialização durante o processo de refino. Perde-se então enxofre, bromo, magnésio, cálcio e outros de origem na vida marinha como plânctons, algas, krill, etc”
“Na lavagem são eliminados também componentes típicos do ambiente marinho como o plâncton (nutriente), o krill (camarão microscópico) e esqueletos de animais marinhos invisíveis. E, mesmo em pequenas quantidades, eles contêm importantes oligoelementos como zinco, cobre, molibdênio etc, além de cálcio natural.”

“Resumo dos Aditivos Químicos do Sal Refinado

Iodeto de potássio / Óxido de cálcio / Carbonato de cálcio / Ferrocianeto de sódio / Prussiato amarelo de sódio / Fosfato tricálcico de alumínio / Silicato aluminado de sódio / Dextrose / Talco mineral “



Quem tem gosto por criação de peixes de água salgada em aquários sabe que somente o sal marinho e em último caso o sal grosso são os indicados para salinizar a água. Já o sal refinado é altamente nocivo comprometendo a criação das espécies marinhas.Tanto que as casas especializadas oferecem o sal marinho puro e uma variante sintética.

Sobre espectroscopia faço uma citação do Laboratório de Plasma e Espectroscopia originado da união do Laboratório de Plasma da Universidade Federal Fluminense (UFF) com o Laboratório de Física Atômica e Molecular da Universidade Estadual de Campinas(UNICAMP) :
O fato de que cada elemento químico está associado com um único espectro óptico, constitui um dos aspectos surpreendentes da natureza. Além disso, não somente os átomos possuem espectros característicos, mas também os apresentam as moléculas e os núcleos. Estes elementos emitem e absorvem radiação eletromagnética a certas freqüências definidas que vão de rádio (para as moléculas) até a região de raio X de comprimento de onda muito curto ou raios gamas (para os núcleos). Historicamente, os espectros ópticos dos elementos foram descobertos por Gustav Robert Kichhoff e Robert Wilhelm Bunsen em meados do século XIX. A experiência decisiva que permitiu a Kirchhoff, auxiliado por Bunsen, estabelecer as leis da espectroscopia foi a referente aos espectros de absorção. Colocando alguns grãos de sal de cozinha - cloreto de sódio - numa chama, obtém-se uma luz amarela. O espectro dessa luz mostrou uma linha amarela correspondente a um comprimento de onda de 5893Å, característico do sódio.
Posteriormente, empregando-se um espectroscópio mais preciso, verificou-se que se tratava, na realidade, de duas linhas muito próximas, de comprimento de onda diferentes: 5896Å e 5890Å.



Se buscarmos analisar neste mesmo espectroscópio o sal grosso e posteriormente o sal marinho constataremos comprimentos de onda diferentes entre as 3 qualidades de sal.

E complementando a citação acima:
“Com o auxílio de instrumentos refinados, são estudadas radiações de todos os comprimentos de onda, emitidas por estrelas, galáxias e outros objetos cósmicos. O Laboratório de Plasma e Espectroscopia Atômica se dedica ao estudo do espectro na região do VUV (ultravioleta de vácuo) produzindo através de plasmas altamente densos e quentes. Este estudo possibilita aos astrônomos saber a priori qual radiação pertence a cada íon dos diversos elementos.”


Somemos à tudo isto acima as noções básicas de Física( eletricidade,termodinâmica,bioquímica,magnetismo,mecânica quântica) , Espiritualismo (relação de influência organismo-espírito-perispírito ,relação de influência matéria-espírito ,irradiação, mediunidade,etc) e Umbanda (potencialização, elementos fito-quimícos e obviamente diferenças entre banho ritualístico e banho de mar ) para ,em uma profunda análise ,constatar que um banho de sal grosso ou preferencialmente de sal marinho nada tem de mágico ou de místico e entender que Umbanda e seus Guias não são semelhantes à Harry Potter , Avatar ou o Senhor dos Anéis.

Caso queira uma explicação mais didática,completa e perfeita ,com certeza um verdadeiro Preto Velho ou Caboclo de Umbanda poderão facilmente dissertar sobre o tema mesmo que tenhamos dificuldades para entender alguns termos científicos mas nada nos impede (e é altamente aconselhável) que busquemos depois em livros (obviamente científicos) o significado e o complemento .Afinal são espíritos atrasados como os detratores da Umbanda dizem ou verdadeiros mestres iluminados como nós ,verdadeiros Umbandistas , afirmamos?

Conhecimento e Moral são as asas do espírito para alcançar a evolução e é o tamanho delas que determina a capacidade ,altura e estabilidade do vôo.
Assim determinam as Leis Universais e Morais.

Anjo Ariano

A Umbanda, a mídia e as abobrinhas...

Pegando carona num parágrafo do Anjo em outro tópico (abaixo) e do assunto que estava correndo sobre "sujeira exposta na mídia", lembrei de uma matéria que tinha lido há algum tempo no G1 e que trago a seguir. Sublinhados e cores são destaques meus, negritos são destaques da própria matéria.

O post:

Isto não é fato que passou a ocorrer somente nos dias de hoje,ao contrário vem de longuíssima data, porém a internet massificou a disseminação dos absurdos e isto só veio à piorar a situação da Umbanda.. Enquanto 10 vem à público mostrar a face iluminada da Umbanda surgem 1000 para espalharem bobagens sem tamanho que só servem para denegrir a Umbanda .

A matéria:

'Terreiros virtuais' prometem trazer pessoa amada - pela web.
.
Pais e mães-de-santo estão atendendo clientes por e-mail ou programas de conversação.
Presidente da União Umbandista faz alerta para ter cuidado com charlatões na internet.
Dório Victor
Do G1, no Rio

Pais e mães-de-santo, como são conhecidos popularmente os babalorixás e ialorixás, estão oferecendo consultas e serviços à distância por sites, e-mails ou programas de conversação online.

Formada em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Iracema Gomes dos Santos, 33 anos, mais conhecida como Mãe Cema de Oyá, ou Cema de Mulambo, tem uma roça de orixás (mais conhecido como “terreiro”) em Bangu, Zona Oeste do Rio, e há pouco tempo começou a atender pela internet.

Com site e blog, Mãe Cema tem clientes de vários estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Norte e também de Portugal e da Itália. As orientações dos trabalhos espíritas são passadas por e-mail, ou, muitas vezes, por programas de conversação online.

“Quando os trabalhos são mais fáceis, como os de amarração (aproximar a pessoa amada), é possível fazer pela internet. É só pegar algumas informações, como data e horário de nascimento, para poder realizar o trabalho. Mas se for algo mais complicado, como banhos de descarrego e sacudimentos, fica mais complicado. Esses só podem ser feitos diretamente com o cliente”, disse, ressaltando que a nação (seguimento) de candomblé que ela adota é a de Angola.

Para alguns, internet é sem retorno
Muitos pais-de-santo que investiram na internet não conseguiram ampliar o leque de atuação, como é o caso de Nelson de Azanssun, 60 anos.

“Investi cerca de R$ 2,5 mil para colocar meu site na internet, mas não tive nenhuma procura por e-mail. Atuo há mais de 48 anos, tenho clientes em vários estados e até de outros países, mas pela internet eu não consegui nenhum. Foi um investimento que não tive retorno”, disse.

Resposta só depois do depósito
Ao entrar em contato com o site de um centro espírita da Bahia se passando por uma pessoa com problemas, a reportagem do G1 recebeu o seguinte e-mail de resposta:

“Saudações ,

Você solicitou uma Consulta que será realizada por mim, auxiliada pelas entidades que regem a minha casa, será identificado o motivo do seu problema, o que realmente está acontecendo, e qual a solução definitiva ou temporária. O valor cobrado por este serviço é utilizado na manutenção do terreiro, o que é reconhecido e retribuído pelas entidades da casa.

DADOS PARA DEPÓSITO:
Banco XXXX
Conta Corrente: XXXXXX
O valor: R$ 20,00”

O e-mail diz ainda para entrar no site para informar os dados do depósito para facilitar a identificação do pagamento e o envio do resultado o trabalho.

Cuidado com os charlatões

Na internet, é possível encontrar sites de centros espíritas de todo o país. No entanto, charlatões de plantão também estão na rede mundial de computadores para pegar os internautas desesperados. Como o pagamento do trabalho geralmente é adiantado (feito na maior parte das vezes por depósito bancário), muitos charlatões prometem milagres, mas, na hora da reza, somem com dinheiro.

O presidente da União Umbandista dos Cultos Afro-Brasileiros (UUCAB), João Luiz Magalhães, esclarece os riscos que o internauta corre ao solicitar uma consulta ou um trabalho online.

“Uma consulta espírita é igual a uma consulta médica. O pai-de-santo terá mais informações se a consulta ou trabalho for feito pessoalmente. O mesmo acontece com um médico, que pode consultar pelo telefone, mas pessoalmente ele poderá diagnosticar melhor os sintomas do enfermo”, orienta.

Magalhães ressalta também que, como em outras religiões, vários charlatões acabam se passando por pais-de-santo para tirar o dinheiro de quem espera resolver os seus problemas mundanos com preces e trabalhos espirituais.

“Tem que ter bom senso, pois não existe tabela de preços de trabalhos espíritas. É bom o interessado procurar uma indicação antes de pedir uma consulta ou um trabalho pela internet. Como em qualquer religião, existem charlatões que aguardam o momento certo para prejudicar pessoas inocentes”, disse.




O que temos no final?

Atividades altamente questionáveis, em se tratando de Umbanda, como comercialização (que falta faz Jesus expulsando os vendilhões do Templo ) religiosa, seja tendo hombridade de colocar claramente como "investimento", seja sob a fachada de "contribuição", que, se antes ainda eram um pouco mais restritas, agora se tornaram exponenciais. "Se todo mundo faz, pq não posso fazer tb?".

Ainda um pouco mais adiante, o autor da matéria, bem como do "presidente" da "UUCAB" (confesso que foi a primeira vez que ouvi falar nessa UUCAB e, ao que parece, não perdi nada), acabam por perpetuar coisas sem sentido com um certo argumento de autoridade: A matéria foi publicada no site de notícias da Globo. O entrevistado é PRESIDENTE da UNIÃO UMBANDISTA sei lá do que. Muita gente vai olhar e dizer "grande coisa". Mas a maioria vai acatar, assumindo que realmente sabem do que falam.

Pra piorar, uma péssima analogia. Qualquer um que tenha conversado pelo menos com um estudante de Medicina que seja competente sabe que "diagnóstico telefônico" é absurdo, superficial e altamente falho. Nota-se que o querido "presidente" entende tanto do assunto da "União" que preside quanto entende de Medicina.

Esse tipo de manifestação, que vem sendo cada vez mais corriqueiro, dada a popularização da internet, faz mais mal do que bem, independente do que os defensores do "cada um tem sua fé" possam sugerir.

Kardec, em um dos seus diálogos simulados, trouxe o seguinte trecho (que, no contexto, se referia aos críticos que desconhecem) que cabe aqui:

Seríeis a cada instante preso em flagrante delito de ignorância, porque aqueles que o estudaram, verão, conseqüentemente, que estais fora da questão; de onde se concluirá ou que não sois um homem sério ou que não sois de boa fé; em um e outro caso vos exporeis a receber desmentidos pouco lisonjeiros para vosso amor-próprio.

Enquanto isso, Mestre Moraes, em uma brilhante analogia, deixa bem claro o público-alvo desses indivíduos.

Deixei de preocupar-me ao analizar o que seria deles se, um dia, decidissem ser índio simplesmente por achar que assim conseguiriam um espaço em uma das várias reservas no Amazonas: travestido com um cocar, uma tanga e todos os estereótipos necessários para ser confundido com um índio. Com certeza estaria faltando alguma coisa cuja aquisição, o lugar onde consegui-la, só será de conhecimento de um índio de verdade. Na realidade, ele só conseguiria enganar aos seus iguais,ou seja: outros travestidos.

Onde quero chegar com isso?

Emmanuel, no livro "Estude e Viva", disse certa vez:

(...) Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação.
O destaque é meu e, certamente, concordo com isso. Concordo tanto que acredito que, de certa forma, é igualmente válida para a Umbanda.


Mas, com certeza Emmanuel não se referiu a uma divulgação "de qualquer jeito", uma vez que exortou ao estudo antes de falar da divulgação.

Como é que nós, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, contribuímos para uma divulgação (não proselitismo) sadia da Umbanda? Ou melhor: como é que nós podemos contribuir para uma divulgação adequada?

André Souza

Como surgem as doenças?

Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes?
No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.

A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.

Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.



Tipos de doenças

Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.

As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.

As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.

Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra.

André Luiz afirma que “se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença”.



O surgimento das doenças

A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.

Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.

Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”.

Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.

A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.



Eliminando as energias tóxicas

Assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que veste agora ou outro, em reencarnação futura, terá de ser justamente o dreno ou a válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e impedem de firmar sua marcha na estrada da evolução. Durante a purificação perispiritual, as toxinas psíquicas convergem para os tecidos, orgãos ou regiões do corpo, provocando disfunções orgânicas que conhecemos como doença.

Quando o espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso de seu perispírito durante a existência física, ele desperta no além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Em tal caso, devido à própria “lei dos pesos específicos”, ele pode cair nas zonas umbralinas pantanosas, onde é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente. Assim, pouco a pouco vai se libertando das excrescências, nódoas, venenos e “crostas fluídicas” que nasceram em seu tecido perispiritual por efeito de seus atos de indisciplina vividos na matéria.

Os charcos pantanosos do umbral inferior são do mesmo nível vibratório das manchas e placas, por isso servem para drenar essas energias nocivas. Embora sofram muito nesses locais, isso os alivia da carga tóxica acumulada na Terra, assim como seu psiquismo enfermo, depois de sofrer pela dor cruciante, desperta e se corrige para viver existências futuras mais educativas ou menos animalizadas.

Os espíritos socorristas só retiram dos charcos purgatoriais os “pecadores” que já estão em condições de uma permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual adjacentes à crosta terrestre. Cada um tem certo limite que pode agüentar em meio a estes charcos, então eles são resgatados mesmo que ainda não tenham expurgado todas as placas, reencarnando em corpos onde permanecerão expurgando e drenando essas energias através das doenças que se manifestarão no corpo físico.



Ajuda da medicina

A doutrina espírita não prega o conformismo, por isso é lícito procurar a medicina terrena, que pode aliviar muito e curar onde for permitido. Se a misericórdia divina colocou os medicamentos ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que migraram do perispírito para o corpo físico, mas não devemos esquecer que os medicamentos alopáticos combatem somente os efeitos da doença.

Isto quer dizer que, quando as doenças estão presentes no corpo físico, devemos combatê-la, buscar alívio. Muitas vezes, estas doenças exigem tratamentos prolongados, outras vezes necessitamos até de cirurgia, mas tudo faz parte da “Lei de Causa e Efeito”, que tenta despertar para uma reforma moral através deste processo doloroso. Qualquer medida profilática em relação às doenças tem que se iniciar na conduta mental, exteriorizando-se na ação moral que reflete o velho conceito latino: mens sana in corpore sano.

Estados de indisciplina são os maiores responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas que adoecem o homem pelas reações de seu perispírito contra o corpo físico. Sentimentos como orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância, hipocrisia, amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, bem como as conseqüências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são também geradores das energias nocivas.

Ou seja, a causa das doenças está na própria leviandade no trato com a vida. Analisando criteriosamente o comportamento, ver-se-á que os males que atormentam as pessoas persistirão enquanto não forem destruidas as causas. Portanto, soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa. Procuremos sempre pensar e agir dentro dos ensinamentos cristãos, a fim de alcançarmos a cura integral.



Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 02

Senhores da Escuridão

Leia um trecho da entrevista com o médium Robson Pinheiro, onde ele fala da atuação das trevas em nosso mundo

Sob sua perspectiva, qual o principal objetivo da produção da trilogia O Reino das Sombras, pelo plano espiritual, cujo volume 01 – o livro Legião – já vendeu mais de 50 mil exemplares?


Bom, pra mim a principal contribuição ou objetivo dessa trilogia é descortinar a estrutura de funcionamento das trevas. Até então, tínhamos, no movimento espírita, várias informações sobre espíritos obsessores e problemas de obsessão, porém, não tínhamos o conhecimento sobre a política de organização das trevas. Não conhecíamos o mapa, o modelo mental sob o qual funcionam as estruturas extrafísicas das trevas. O livro Legião descortina isso. É como se o livro tivesse detonado uma bomba no centro dessas organizações e nos alertasse para essa estrutura de poder. Essa obra nos deixa uma responsabilidade muito grande, já que descreve a atuação dos magos negros, dos cientistas das trevas e de sua metodologia de trabalho. Nos informa quais são as técnicas e os instrumentos utilizados no dia-a-dia por essas legiões para realizar as obsessões complexas. Não tínhamos informações a esse respeito... e o livro Legião vem instrumentalizar o corpo mediúnico das casas espíritas para um enfrentamento com inteligência a esses espíritos especialistas. Precisávamos dessa ferramenta. No momento em que as trevas estão se especializando nas obsessões mais refinadas, a grande maioria do movimento espírita paralisou no tempo, sem atualizar a metodologia.



Legião relata também o trabalho dos especialistas das trevas em seus laboratórios de nanotecnologia, atuando em pesquisas científicas e construção de equipamentos avançados de obsessão.

A “ficha” ainda não caiu pra pensarmos nessas coisas... é que muitas tecnologias que estamos conhecendo hoje na Terra já existem no plano astral há mais de 80, 100 anos. Yvonne do Amaral Pereira, extraordinária médium brasileira, descreveu a televisão 20 anos antes de sua invenção. O aparelho televisivo já existia no plano astral. O livro Legião vem nos dizer o que está acontecendo no plano extrafísico. O espírito Ângelo Inácio está nos fornecendo informações pra abordarmos a obsessão complexa com instrumentos espirituais mais atualizados. Lógico que isso de modo algum vem invalidar os recursos adquiridos pelo espiritualismo ou pela espiritualidade, mas vem nos munir de recursos e de conhecimento pra esse enfrentamento, que tem resolvido muitos casos complexos. Inclusive casos que foram abordados pela medicina e não obtiveram respostas. Graças a Deus, esse novo conhecimento que hoje chega para a humanidade, através do trabalho de vários médiuns atuantes como instrumentos do Plano Superior, pois não foi somente através de minha psicografia nessa trilogia, vem esclarecer sobre essas ferramentas de trabalho espiritual, como faz o livro Legião. O volume 2 da trilogia O Reino das Sombras – Senhores da Escuridão – aborda de modo mais profundo a política de organização das trevas, seus objetivos, sua estrutura e forma de governo. No segundo volume, o leitor terá uma visão mais particular e detalhada de como funciona o refinamento da tecnologia astral.



Incluindo a ação das legiões das trevas nos bastidores do poder mundial?

Exatamente. Sua ação na história da humanidade. Por exemplo, um questionamento do espírito Ângelo Inácio: pensamos que a obsessão atua nessas pessoas freqüentadoras da casa espírita, mas nunca vimos um centro espírita se reunir com o objetivo de fazer desobsessão para os representantes brasileiros que estão no Congresso Nacional, para os nossos governadores ou para os representantes das Nações Unidas. Ninguém fez uma reunião mediúnica para saber quais obsessores estão envolvendo o conflito armado na Palestina, que já dura anos e anos; ou seja, isso não está acontecendo à toa, e o novo livro aborda esse tema. Que tipo de espírito estava por trás do processo do Holocausto e de outras guerras que aconteceram na humanidade? Precisamos acordar... porque o problema enfrentado no centro espírita é apenas uma célula em relação ao que está ocorrendo no planeta Terra em nível mundial. E esse é o grande objetivo do livro Senhores da Escuridão.



O embate entre os cientistas das sombras e os guardiões da luz no mundo extrafísico é o tema central do livro Senhores da Escuridão, volume 02 da Trilogia O Reino das Sombras. Como você explica a crescente influência espiritual das legiões das trevas nas consciências de encarnados no planeta? Por que isso se dá?

Eu acredito que não podemos atribuir o processo obsessivo exclusivamente ao espírito a quem chamamos de obsessor. Isso porque todo processo obsessivo é alimentado por aquele que se diz vítima, ou seja, pelo ser humano. Nós que alimentamos isso com nossas tendências, com nossos pensamentos desgovernados, com a nossa invigilância. Então, se a ação desses espíritos da escuridão está encontrando eco no coração e na mente humana é porque o ser humano está sintonizado com isso. No momento em que eu mudo a “faixa vibratória” e a minha sintonia dá um “salto quântico” de qualidade, automaticamente esses espíritos perdem a sintonia conosco e passamos a nos sintonizar com as forças superiores da luz e do bem. Essa é a grande proposta do Evangelho do Cristo: fazer com que o ser humano dê um “salto quântico” de qualidade... que a sua mente possa se sintonizar com as esferas superiores e com as energias mentais que circundam a aura do planeta, e não com essas forças inferiores. Falar de Evangelho nesse contexto mais amplo é muito mais do que uma fórmula religiosa... é uma fórmula de inteligência. Devemos combater o mal com a inteligência, porque sintonizar com o Evangelho é sintonizar com as correntes superiores de pensamento e não, simplesmente, com uma corrente religiosa, como temos interpretado essa questão ao longo dos séculos.



A atuação dos guardiões (Exus) – espíritos que trabalham sob a tutela do Plano Superior – é ampla e foi retratada no livro Legião como fundamental no controle ou na vigilância de métodos de obsessão de entidades perversas, como as criações mentais parasitárias. O que são essas formas-pensamento inferiores e como acontece sua ação sobre os encarnados? Você pode falar um pouco a respeito delas?

No livro Além da Matéria, no capítulo 6, o espírito de Joseph Gleber explicou que quando há um pensamento organizado, a mente humana plasma em torno de si o produto dessa criação, seja ela boa, seja ela má. Então, toda vez em que houver persistência no pensamento desorganizado e uma emoção associada a esse pensamento, isso se transforma em algo a que chamamos de elemental artificial ou clichê mental, ou, ainda, criação mental. O pensamento passa a ter vida e começa a se movimentar por estar associado à emoção do campo gerador, ou seja, o ser humano. Se eu persisto com essa emoção e esse pensamento, criam-se os elementais artificiais ou criações mentais, que passam a girar em torno da aura do indivíduo. Agora, se nós temos vários indivíduos com um pensamento em comum, criamos uma egrégora, isto é, vários elementais artificiais, várias formas-pensamento que podem ter a qualidade da mente geradora. Essa realidade deve nos dar uma atenção redobrada sobre o que está na nossa casa mental. O espírito André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, diz em seus livros para termos muito cuidado com a qualidade do nosso pensamento, porque tal a natureza do pensamento, tal a natureza do produto gerado. Isso nos faz refletir muito. Essas criações mentais, esses elementais artificiais, que giram em torno de nós são intimamente dependentes da qualidade de nosso pensamento. Se o pensamento está no nível superior, são criações cristalinas, fulgurantes, cheias de vida superior. Se o pensamento e nossa emoção estão num nível mais inferior, então naturalmente essa criação ao nosso redor reflete essa inferioridade do pensamento e da emoção. É muito comum entrarmos em alguns ambientes com muita gente e nos sentirmos oprimidos, ou sentir uma dor nas costas, ou no peito... por vezes, não compreendemos essa sensação de opressão porque todos estão aparentemente alegres. Mas, na verdade, estamos nesse exato momento absorvendo essas energias, essas criações mentais inferiores, porque são o produto da desorganização da emoção do próprio ser humano.



Os espíritos obsessores aproveitam então nossa criação mental desorganizada para agir de uma forma mais ativa contra nós?


Eles as utilizam como se fossem elementos deles. Eles agitam e insuflam mais vida nessa criação mental, nessa egrégora, para que você possa absorvê-la com mais intensidade. O espírito André Luiz também traz uma contribuição muito grande em seus escritos sobre o tema, através da mediunidade de Chico Xavier, quando ele cita um episódio vivido no Rio de Janeiro. Ao chegar num prédio, ele viu uma nuvem muito grande parecendo conter micróbios. O mentor dele disse: “Aproxime mais a sua visão e observe”. Ele percebeu que eram criações mentais negativas, as quais estavam sendo inaladas pelas pessoas através da respiração. Essas criações mentais se aninhavam no estômago, na área sexual... no organismo físico das pessoas. Foi quando teve ciência da gravidade da ação das criações mentais exercidas sobre nós. Se no dia-a-dia estamos sintonizados com algumas entidades que apresentam um fator qualitativo menor, elas terão por objetivo o quê? Não vão implantar em nós o que não existe; isto é, elas não vão colocar um mal pensamento na sua mente, mas vão pegar uma tendência sua e realçá-la. Elas pegam 1% do que é negativo e insuflam 100% de importância àquele 1% negativo. A partir daí, a pessoa entra num processo de neurose, de psicose ou em outro processo mais grave – uma obsessão complexa.



É por esse motivo que muitos médicos não conseguem curar seus pacientes? Por exemplo, existem muitas pessoas tomando medicamentos com tarja preta sem obter o resultado pretendido...

Não adianta porque a tarja preta ou qualquer outro medicamento pode até ter uma função física, mas se não houver uma modificação interna, uma reorganização mental e emocional do indivíduo, a fim de obter uma melhor qualidade de vida, nenhum elemento externo vai resolver a situação.



O livro Legião faz uma profunda reflexão sobre o papel dos guardiões de luz na Terra, tanto no plano astral, como no dia-a-dia dos encarnados. Qual o seu parecer sobre o trabalho dos guardiões nesses “mundos paralelos”?


Eu acredito que sem os guardiões, muitos desastres já teriam ocorrido na Terra. Eu, às vezes, brinco muito com os meus amigos e digo: “dêem uma observada apenas no trânsito das grandes cidades... se não houvessem guardiões, aconteceriam mais desastres e acidentes, porque as pessoas dirigem loucamente”. Muitas pessoas não têm idéia do que ocorre no dia-a-dia nos bastidores da política... se não fosse o trabalho dos guardiões, muito mal já teria sido feito. O espírito Ângelo Inácio aborda no livro Crepúsculo dos Deuses o trabalho dos guardiões no episódio do atentado terrorista às Torres Gêmeas, em Nova York. Quando ocorreu o planejamento para a destruição das Torres Gêmeas, por parte dos espíritos das trevas, o objetivo era muito mais amplo, com ações muito mais graves do que as realizadas. Para evitar esse intento das sombras, os guardiões detonaram uma por uma das bases das sombras no plano astral. Nos assustamos com o ataque às Torres Gêmeas, mas foi menos de 10% do que eles pretendiam com o sistema de guerra por eles planejado. O objetivo das trevas era ruir com a economia mundial, fazendo o mundo ficar “louco” e esquecer das questões espirituais. Então, os guardiões atuaram a tempo e desmantelaram as organizações do mal. O mundo viveu algo difícil, mas foi uma parcela muito pequena em relação ao que os espíritos das trevas estavam planejando. Se não fosse o trabalho desses guardiões siderais, que trabalham pela humanidade como um todo, e não por uma religião em particular, eu não sei onde estaríamos hoje.



Os guardiões são seres irmanados de várias nacionalidades?

Exatamente. São seres especialistas, que são convocados diretamente pelo governo oculto do mundo, independente da sua origem racial, religiosa e social, para contribuir e preservar o equilíbrio, e evitar que o caos possa dominar. Eles, na verdade, são o fator de equilíbrio da humanidade. E trabalham nos gabinetes dos deputados, dos presidentes, dos governadores, para que possam, de alguma forma, amenizar essas situações. Para as pessoas que não têm o conhecimento espiritual, o atentado terrorista às Torres Gêmeas foi uma situação caótica; porém, para nós que temos uma visão espiritual, vimos que o dedo de Deus estava trabalhando, com esses guardiões de luz invisíveis manipulando tudo. Seria muito pior sem a ação dos guardiões. Graças a Deus que eles nos amparam...

Leia a entrevista completa com Robson Pinheiro, com 9 páginas, dividida em duas partes: a primeira publicada na Revista Cristã de Espiritismo - edição 60 - e a segunda parte publicada na edição 61.

Anjos e demônios

Escrito por José Reis Chaves

A Bíblia está repleta de manifestações de espíritos, que ela denomina de anjos ou espíritos evoluídos, de alto nível. E todos eles eram chamados de deuses pagãos, que na verdade, eram espíritos manifestantes...

Faz uns três anos, aproximadamente, que um conhecido teólogo de Belo Horizonte pediu-me se eu podia evitar falar certas coisas em público (palestras, TV, rádio e jornais), que são verdades, mas não é bom o povo saber. E eu lhe respondi: “Como eu poderia atender ao seu pedido, se o que escrevo e falo se caracteriza, principalmente, por questões religiosas pouco conhecidas e de cujas abordagens os padres e pastores, geralmente, fogem?”. E acentuei que os assuntos de meus livros são esses, por exemplo, os do A Face Oculta das Religiões. Ademais, acrescentei: “Eu tenho que, em primeiro lugar, seguir a voz da minha consciência.”.

A Bíblia está repleta de manifestações de espíritos, que ela denomina de anjos ou espíritos evoluídos, de alto nível. E todos eles eram chamados de deuses pagãos, que na verdade, eram espíritos manifestantes.

Somente o espírito de Javé era tido como sendo o de Deus verdadeiro. Acontece que Javé mesmo (seria este espírito, realmente, o de Deus?) nunca se manifestou diretamente a ninguém. Moisés caiu no erro de afirmar que viu Deus face a face (Gênesis 32,30; e Êxodo 33,11). Mas, depois, ele se retratou, dizendo que quem vir Deus não pode continuar vivo (Êxodo 33,20). E o apóstolo João também afirmou, em sua Primeira Carta, que ninguém jamais viu a Deus (1 João 4,12).

Noto que os católicos carismáticos, os protestantes e os evangélicos têm um pavor tremendo de espíritos. Cientistas de várias partes do mundo, tais como o inglês William Crookes (descobridor do Tálio e da energia radiante e Prêmio Nobel de Física, em 1919); o italiano Ernesto Bozzano; o médico francês Charles Richet (Prêmio Nobel de Fisiologia, em 1913); o russo Akasakof e o francês Gustave Geley (elogiado por Jung) eram descrentes do Espiritismo, mas se converteram a ele depois que constataram as suas verdades pesquisadas com todo o rigor científico. Isso deixou a Igreja apavorada e levou o Vaticano a fazer uma advertência, no final do século XIX, que dizia que ou a Igreja destruiria o Espiritismo ou o Espiritismo a destruiria, pelo que os católicos teriam que atacá-lo com todas as armas. E esses ataques aconteceram de fato. Foram calúnias, maldições e deturpações sem trégua durante décadas, tendo os protestantes se engajado também nessa campanha difamatória.E até os judeus foram convidados a participarem dela. E, assim, até hoje, ainda há gente simplória que pensa que o Espiritismo é coisa de demônios, charlatanice, loucura e feitiçaria. Numa coisa eles estão certos: os espíritas entram em contato com os demônios. Mas que estudem hermenêutica e semântica e vejam que no tempo em que a Bíblia foi escrita, demônios (daimones em grego) significavam almas ou espíritos desencarnados e que passaram a ter, com o tempo, nos meios cristãos, um sentido de espíritos impuros ou maus, porque Jesus só expulsou demônios “impuros” das pessoas, afinal, demônios já purificados não perturbam ninguém.





Outro nome que a Bíblia dá aos espíritos desencarnados, em vez de demônios, é de deuses (Salmo 6,2; e João 10,34).

Pregando para os espíritos

Alguns teólogos dizem que a morte de Jesus destruiu a mansão dos mortos, quando essa expressão se refere aos mortos no nosso mundo físico e cujos cadáveres ficaram no cemitério. A mansão dos mortos seria um estado de consciência dos espíritos, é o Além, o mundo dos espíritos desencarnados, é a nossa verdadeira morada. Jesus foi até lá pregar aos espíritos dominados pelo “pecado” (1 Pedro 4,6), o que deixa claro que quem está lá ainda tem chance de ser um espírito bom, mesmo que esteja em pecado.E a essa vibração ambiental dos espíritos dos mortos, a Bíblia denomina de hades, sheol, geena, ínferos (infernos), limbo, tártaros etc. Jesus foi pregar para os espíritos de lá.

Mas cada espírito está na vibração que merece, pois na casa do Pai há várias moradas.

Os carismáticos católicos gostam muito de advertir os espíritas no sentido de que eles têm de ter cuidado para não serem enganados por espíritos maus. Isso é doutrina bíblica e espírita. Realmente, a Bíblia nos manda examinar os espíritos para sabermos se são bons ou maus (1 São João 4,2). E os carismáticos ignoram que é o Espiritismo que mais ensina isso. Os carismáticos ignoram que quem mais estuda os espíritos são os espíritas e que, ao darem seus conselhos aos espíritas, estão fazendo o que Kardec manda! E poucos carismáticos sabem que o próprio vocábulo carismático (do grego “carismata”) quer dizer médium! Mas por que os carismáticos têm tanto medo de espíritos? Ao desencarnarem, eles podem não se tornar espíritas, mas vão logo descobrir que são espíritos!



Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 59.

Os animais no plano espiritual

Entrevista exclusiva com Dr. Marcel Benedeti, sobre o destino espiritual dos animais
Este foi o título escolhido pelo autor e veterinário Marcel Benedeti para o livro que relata a reencarnação dos animais, a eutanásia, o sofrimento como forma de evolução desses seres, a existência de colônias que cuidam dos animais no plano espiritual e outras questões importantes.
A obra foi uma das premiadas no Concurso Literário Espírita João Castardelli 2003-2004, promovido pela Fundação Espírita André Luiz. Esse foi o primeiro livro do autor que se especializou em homeopatia para animais e conheceu a doutrina espírita na época em que cursava a faculdade, apesar de sua mediunidade ter se manifestado muito antes desse período. Marcel relata que quando trabalhava em uma livraria e se preparava para prestar vestibular, em um dia de pouco movimento, foi para a parte de baixo da loja estudar e notou que estava sendo observado por um senhor. Resolveu perguntar se o senhor desejava alguma coisa e ele lhe respondeu que só estava achando interessante ele estudar, então explicou que queria passar no vestibular de veterinária e o velhinho disse que não se preocupasse porque passaria. Previu também outros fatos que aconteceriam.
Em seguida se despediu dizendo que se veriam depois. Após alguns instantes comentou com seu colega de trabalho que tinha achado aquele homem esquisito por fazer previsões do futuro. O colega disse que não havia entrado ninguém na livraria, foi então que se deu conta de que se tratava de um espírito. Este mais tarde é que lhe ditaria o livro.
O tema da obra fez tanto sucesso que se transformou também em programa de rádio. Nossos irmãos animais vai ao ar toda quarta-feira, às 13h na Rede Boa Nova. Com apresentação de Ana Gaspar, Maria Tereza Soberanski e Marnel Benedeti.

Como o livro foi escrito?

Escrevi o livro em menos de um mês, durante os intervalos das consultas, mas o espírito que ditou não quis se identificar. As cenas foram surgindo em uma tela mental e ao mesmo tempo um espírito narrava os episódios. Outras vezes, não havia imagem, apenas a narrativa; nesses momentos se tornava mais difícil. Apesar de achar o livro maravilhoso, não acreditava que alguma editora pudesse se interessar pelo assunto. Mas certo dia estava ouvindo a rádio Boa Nova quando anunciaram o concurso literário espírita. Resolvi participar e acabei ganhando o concurso 2003-2004 e editando o livro pela editora Mundo Maior.

O que o livro acrescentar para os veterinários e pessoas que possuem animais?

Se as pessoas não tiverem a visão espiritual em relação aos animais, que eles tem espírito e sentimentos vão continuar tratando esses seres como objetos, como era há pouco tempo atrás. Essa onda de conscientização é recente.
Entramos na questão também de comer carne; cada um tem que perceber o que está fazendo. Eu mesmo comia carne e parei para pensar porque comia, se meu corpo recusava, me fazia mal... Mas quando comecei a lembrar as descrições feitas no livro a respeito do matadouro, passei a sentir repugnância da carne.

Sendo veterinário e espírita, como analisa a questão da eutanásia?

O ser humano tem o carma, o animal não. O animal tem consciência, mas muito mais restrita, em relação ao ser humano. Ele segue muito mais os seus instintos.
Então, como não tem carma, a eutanásia deve ser o último recurso utilizado; o veterinário deve fazer todo o possível para salvá-lo.
Se o animal estiver sofrendo muito e não existir outra maneira, o plano espiritual não condena, porque é um aprendizado tanto para o animal quanto para o dono que precisa tomar a decisão.

Os animais reencarnam?

Há um capítulo no livro que explica como ocorre a reencarnação dos animais. Este descreve que cada espécie de animal leva um tempo para reencarnar, mas por possuírem o livre-arbítrio ainda muito restrito, uma comissão avalia as fichas dos animais e estabelece o ambiente que deverão nascer e a espécie.

Como o conhecimento espiritual pode ajudar o veterinário no trato com os animais?
O veterinário, em geral, por natureza, mesmo não sabendo já é espiritualizado, pelo fato de gostar de animais e querer salvar a vida deles. Quando o veterinário adquire consciência de que o animal não é um objeto e sim um ser espiritual, que possui inteligência e sentimento, muda o seu ponto de visa, passa a enxergar os fatos de uma forma mais ampla. Com certeza se mais veterinários tivessem um conhecimento espiritual, o tratamento em relação aos animais seria melhor.

Como é aplicada a homeopatia para animais?
No Brasil, a homeopatia ainda é pouco aplicada nos animais porque muitos acham que não funciona. Só utilizo a homeopatia quando o dono do animal permite e, em casos mais graves, a homeopatia entra como terapia complementar, porque demora um pouco mais para trazer resultado e alguns casos são urgentes.
O uso da homeopatia é igual tanto para pessoas quanto para animais. A única diferença é que o animal não fala, então o dono precisa ser um bom observador para relatar a personalidade do animal para o veterinário, e muitas vezes, não possui as informações necessárias para um diagnóstico mais preciso. Pergunto, por exemplo, se o animal gosta de quente ou frio, do verão ou do inverno, a posição em que dorme, entre outras perguntas do gênero.
Tive o caso, de um gato com câncer e que em decorrência da doença estava com o rosto deformado. Como tratamento ele melhorou 70%. Só não foi melhor porque esse gato saia e demorava a voltar e com isso interrompia o tratamento. Cuidei também de um cachorro com problema de comportamento muito; agressivo. O animal, depois de 10 dias, parecia outro, muito mais calmo. Utilizo também florais para animais em casos emocionais. Se nós equilibramos emocional, o organismo ganha condições combater as bactérias.

E os próximos livros?
Já tenho na editora outro livro em análise que tem o título: Todos os animais são nossos irmãos. E já estou escrevendo o terceiro. Pelas informações que recebi do plano espiritual, serão seis livros.

Entrevista publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 29, em 2004.
Dr. Marcel Benedeti desencarnou em fevereiro de 2010.

Mediunidade e Evolução

O Espiritismo tem como base a análise e compreensão das comunicações mediúnicas e o raciocínio lógico – fé raciocinada – dos ensinamentos dos espíritos. Portanto, a doutrina não se resume no estudo dos fenômenos espíritas ou do mundo espiritual. Precisamos estudar e, principalmente, vivenciar os preceitos e valores morais que servem de base da doutrina, ou seja, a proposta do Evangelho, que em sim mesmo é universal e não-sectário.

Se não vivenciarmos, no dia a dia, a mensagem cristã, e apenas ficarmos admirados com os fenômenos, agiremos como um homem sedento que encontrou um copo de cristal cheio de água, mas morreu de sede por se demorar admirando a beleza do copo.

A mediunidade, trabalhada com princípios elevados e altruístas, é como um belo cristal a refletir a Sabedoria divina. Os ensinamentos que os espíritos superiores nos transmitem é a água fresca que a humanidade tanto necessita para revigorar seu espírito sedento de Paz.

Quando falamos em tratamento espiritual, nos referimos não apenas à cura do corpo físico, mas, sobretudo, à cura da alma.

Os ensinamentos que os espíritos elevados nos transmitem têm como objetivo despertar a consciência humana para seus potenciais divinos. Os distúrbios emocionais e psíquicos, conforme nos ensinam, causam desequilíbrios energéticos que acabam desestruturando a harmonia celular, culminado, assim, nas doenças comumente diagnosticadas pelos médicos.
Portanto, devemos entender que a proposta maior do centro espírita não é a de substituir o hospital. Isso seria, até mesmo, contra a legislação brasileira. Sua missão maior é fornecer subsídios para que a criatura humana encontre condições para efetuar o seu amadurecimento e equilíbrio espiritual, o que trará, como consequência, o bem-estar e a saúde integral. Para tanto, muitas vezes se faz necessário o uso de determinados recursos, como sessões de desobsessão, passes e fluidificação da água. Jamais um dirigente espírita deverá recomendar a suspensão do acompanhamento médico.

A mediunidade é um fenômeno espiritual que ocorre com muito mais frequência do que imaginamos. Interagimos, em maior ou menor grau, com os espíritos em nosso dia a dia. Por se manifestarem em planos mais sutis, imperceptíveis para a maioria, com leis ainda desconhecidas pela ciência acadêmica, temos dificuldade em compreender suas influências.

Em potencial, todos somos médiuns, independente de nossa religião, pois a mediunidade é algo inerente ao espírito (lembre-se de que você é um espírito, apenas está temporariamente encarnado). Porém, as pessoas não possuem a mediunidade no mesmo grau. Alguns a possuem em estado bastante aflorado, de forma ostensiva; outras, a possuem apenas em estado latente e recebem do plano espiritual apenas uma vaga impressão. Costumamos chamar de médiuns aqueles que possuem esta faculdade de maneira ostensiva, portanto, poucos podem ser considerados médiuns (ostensivos).

Mediunidade não significa, necessariamente, que a pessoa que a possua seja um espírito evoluído. A grande maioria dos médiuns recebe uma preparação em seu perispírito (corpo astral) antes de reencarnar, para estarem em condições de exercer a mediunidade. Muitas vezes, é uma expiação, sendo uma valiosa oportunidade de evolução e de repararem os erros cometidos em outras encarnações através da caridade, do auxílio ao próximo. Portanto, mediunidade deve, sempre, rimar com caridade e responsabilidade!

Artigo publicado na edição 81 da Revista Cristã de Espiritismo.

Ogum Humaita

Longe de devaneio,tal ligação Ogum-Humaitá está baseada em fatos.

Segundo a tradição(aliás, referendada pela posição oficial do exército) Ogum é o mais "brasileiro" de todos os Orixás, contando-se que surgiu tal devoção das tropas, na batalha de Humaitá(1868) .Como agradecimento, na figura de São Jorge, recebeu não só posto como também soldo no exército, instituindo-se o hábito(que dura até hoje)
de, em suas festas, ter a imagem carregada triunfalmente e escoltada por viaturas militares(Importante lembrar que muitos santos católicos foram tão militares quanto São Jorge).

Na época ,Caxias para elevar o número de soldados ,prometera a liberdade à escravos de determinadas regiões do Brasil que lutassem ;Porém em outras regiões muitos negros foram obrigados a participar do exército sem direito a nada .Nas senzalas os Pais e Mães de Santos firmaram ponto ao Pai Ogum(Os escravos arrebanhados pelo exercito eram somente da região sudeste e sul do Brasil onde o sincretismo era com São Jorge e não com São Sebastião comum no nordeste,mais basicamente na Bahia) para que protegesse seus filhos ,maridos, netos e irmãos. Ao término da Batalha de Humaitá as tropas de Caxias saem vencedoras .

Na mesma noite a vitória( 25 de julho de 1868) era anunciada nos terreiros das senzalas pelos sacerdotes seguindo-se de uma grande festa batendo-se tambores e
entoando curimbas ao Pai Ogum .Fato que chamou a atenção de muitos
senhores de escravos que queriam saber o motivo de tal festejo com gritos de “esse esse pato caiu orgulhê”(na realidade “Jéssê Jéssê Patacorí Ogum Iê” porem como não conheciam a língua africana entendiam erradamente) .Se algum senhor de escravo procurou saber na hora ou não é uma incógnita, já que historicamente é assinalado em vários registros que nesta data os negros passaram a comemorar festivamente São Cristovão ;Porém a região mais densamente povoada na época (litoral do sudeste e nordeste)e com maior concentração de negros receberam a notícia(tardia para os brancos ) da vitória brasileira nos campos de Humaitá quase 30(trinta) dias depois da noite de festas(vide obras “FAZENDAS E SENZALAS-1750 a 1899” e “BRASIL IMPERIO-UM PAIS EM GUERRA”).

Adendo= Em registros particulares de minha família ,onde desde meus tetravós foram possuidores de fazendas confirmam tais fatos narrados nos livros acima citados .



Humaitá vem do dialeto Asuriní “mbai’a itá” que significa cobra de pedra(mbai’a=cobra e ita=pedra).

Humaitá era o nome de um forte , principal ponto de defesa paraguaia, na confluência dos rios Paraguai e Paraná,cuja região que o circundava ganhou tb este nome originado por uma característica comum na região sul que são as muradas baixas de pedras, lembrando uma grande e comprida cobra de pedra,que circundam as imediações das propriedades rurais .

Umbanda tem história e fundamentos que podem ser atestados sob a luz da lógica,da razão e da verdade que formam o tripé que norteia esta maravilhosa religião .Se algum destes faltar a falsidade,a mistificação e o absurdo se farão presentes e certamente servirão de pedras a serem lançadas contra nós mesmo.

Anjo Ariano
Luz e Paz.

Desequilibrios

Quase sempre ,por algum motivo ou do nada, sentimos uma ótima sensação de bem estar, dispostos e fatalmente dizemos: “Nossa!Hoje estou energizado”. Acontece também de sentirmos mal ,desanimados ou até irritados e daí vem a nossa auto sentença: “Caramba! Devo estar desequilibrado” ou então : “ Peguei uma carga negativa”.

Analisando estes fatos tratados comumente entre nós ,sob uma ótica mais científica à luz da física ,da biofísica e da psicobiofísica descobrimos que se estivermos em equilíbrio e recebermos uma carga seja negativa ou positiva iremos nos desequilibrar e consequentemente passar mal.Isto porque todos nós temos um padrão vibratório oscilante onde o equilíbrio está no tocar o ápice e em seguida tocar a base.

Ocorre que primeiramente todos nós somos suscetíveis a alterações em nosso padrão vibratório seja por pequenas discussões,momentos de irritação no trânsito,uma pizza que atrasa,nosso time que perde,um comentário desagradável,um pensamento não edificante,umas cervejas a mais como também uma grande euforia,uma alegria intensa,uma excelente notícia inesperada.

Parece estranho mas mantemos um padrão vibratório no qual vibramos ondulatoriamente ora atingindo a crista(ápice)ora atingindo a depressão(base)(não confundir com depressão-distúrbio psíquico pois depressão dita primeiramente refere-se à ondulatória,um ramo da física)e qualquer alteração que faça ultrapassar este campo vibracional à mais( acima do ápice) ou à menos( abaixo da base) surge aí o desequilíbrio;Quando se diz “estar energizado” na realidade é estar equilibrado,nem faltando nem em excesso mas perfeitamente harmonizado com nosso padrão vibratório natural.

Como a pressão arterial que à maior ou à menor de nosso padrão nos traz mal estar assim também é nossa “pressão energética”(entre aspas aqui por ser uma analogia claro). Este padrão vibratório é variável de pessoa à pessoa pois está relacionado com o tripé karma-evolução moral-conhecimento.


Existem dois estados de desequilíbrio energético: O momentâneo e o crônico
Pessoas em desequilibrio momentaneo são incapazes de “roubar” energia de outras pessoas para seu reequilibrio pois a própria Natureza regida pelas Leis Universais oferece a todos meios para tal realização que vai desde a luz solar,o reino vegetal até a energia excedente de outra pessoa que quando desequilibrada por excesso se harmoniza emitindo-a ao ambiente para ser redirecionada por quem de conhecimento do plano astral,ou seja os Guias.Assim evita-se o que seria, se fosse possível , uma falha nas Leis Universais onde todo mundo estaria a prejudicar todo mundo pois aconteceria um "efeito dominó contínuo": A desequilibrado absorveria a energia de B que se desequilibraria e absorveria de C, este de D que absorveria de E até que Z desequilibrado absorveria de A e começaria tudo de novo.

O segundo estado caracteriza os casos específicos de perda constante de energia devido à fatores complexos que fazem uma pessoa tornar-se "vampirizadora" mas sem qualquer intenção:

1)Uma pessoa sob ação de um obsessor o qual suga-lhe as energias tornando-a uma desequilibrada energética crônica.

2)Desarmonia constante no lar geralmente por problemas kármicos negativos.

3)Pessoa que cultivam sentimentos negativos de forma aguda
(inveja,ciúme,rancor,ganância,maledicência,intolerância,morbidez,etc)

4)Desregramento químico(álcool e/ou entorpecentes).

5)Doença grave.

Pessoas incluídas nos pontos acima certamente irão absorver(inconscientemente)uma boa parcela de energia de quem relacionar com elas ;Contudo para isso é necessário "fechar o circuito".E como isso acontece?É necessário um vínculo, uma "ponte" para promover a transferência e isto ocorre ou com uma conversa, ou um aperto de mão em ambiente público,ou estando num ambiente reservado(nossa casa,casa da pessoa em desequilíbrio,casa de terceiros,local de trabalho)pois aí existe um sistema natural de comunhão vibratória porque, teoricamente, recebemos em nossas casas quem consideramos e a estes oferecemos o que temos,incluindo o nosso campo vibracional- espiritual.

Por isso a defesa e manutenção do equilibrio pessoal também deve ser estender aos nossos lares através de limpezas periódicas(prontamente ensinadas pelo Mentor Espiritual de um Templo Umbandista.Importante salientar que tal prática não faz parte da Doutrina Espírita)possuindo plantas higienizadoras e de defesa,o hábito da oração coletiva ao menos uma vez na semana,evitar-se assuntos negativos dentro do lar(para isso existe a rua se necessário).

Sempre é bom lembramos que o ambiente espiritual de um local é criado pelos que dele utilizam;Portanto somos responsáveis também pela higiene astral dos locais que passamos grande parte de nosso tempo se almejamos viver num ambiente sadio e equilibrado; Se assim também sonharmos em nível planetário é necessário que iniciemos em nossos lares pois o oceano é uma imensidão formada de minúsculas gotas individuais.

Anjo Ariano
Luz e Paz.

Amonia

A amônia anidra ou amônia ( NH3) é um gás incolor, bastante tóxico, que se dissolve bem na água. Uma vez em meio aquoso, a amônia forma o hidróxido de amônio (NH4OH): NH3+H2O -> NH4+OH.

Amônia também é conhecida por amoníaco ou gás amoníaco

A amônia é adquirida pelo processo de Haber onde 2 gases( hidrogênio e nitrogênio) com o auxílio de um catalisador (ferro) submetidos à pressão e temperaturas idéias (20 MPa e 500°C).

Sua utilização como matéria prima é por demais variada:
• Fertilizantes: nitrato de amônio ,fosfato de amônio ,sulfato de amônio e uréia.
• Produtos químicos: ácido nítrico
• Fibras e plásticos: poliamidas.
• Produtos de limpeza: detergentes e amaciadores de roupa.

De acordo com a Fiocruz: “Efeitos adversos à saúde humana: O Amoníaco, devido a liberação de Amônia, pode ser sufocante e de extrema irritação aos olhos, garganta e trato respiratório. Dependendo do tempo e nível de exposição, podem ocorrer efeitos que vão de suaves irritações à severas lesões no corpo, devido a sua ação cáustica alcalina. Exposições à altas concentrações - a partir de 2500ppm por um período de 30 min. - pode ser fatal. O contato do Amoníaco pode causar severas queimaduras nos olhos e pele. Extensas queimaduras podem levar à morte. Principais partes atingidas: Olhos, pele e sistema respiratório.

Efeitos Agudos: A inalação pode causar dificuldades respiratórias, broncoespasmos, queimaduras na mucosa nasal, faringe e laringe, dor no peito, edema pulmonar, salivação e retenção da urina. Ingestão causa náusea, vômitos e inchação nos lábios, boca e laringe. O Amoníaco concentrado produz em contato com a pele necrose dos tecidos e profundas queimaduras . Contato com os olhos resulta em lacrimejação, conjuntivites, irritação na córnea e cegueira temporária ou permanente Efeitos Crônicos: Pode ocorrer bronquite crônica com redução respiratória.”


Principais sintomas: Sinais e sintomas de choque, tais como palidez, frio nas extremidades do corpo, pulso rápido e fraco, paralisia muscular, alterações no ritmo e profundidade da respiração,náuseas, vômitos, dor de cabeça, dor na garganta e parte superior do abdômen, dispnéia e tosse. Em contatos corporais provoca irritação e queimaduras da pele e mucosas, opacidade da córnea e do cristalino

Comuns em vários produtos de limpeza e tinturas na realidade são derivações químicas com grau de toxidade menor, onde suas formulações e produção são supervisionadas por profissionais competentes (químicos):

Tinturas = tioglicolato de amônia
Desinfetantes= solução amoniacal de 1,5% à 3%

Na natureza a amônia surge no famoso ciclo do nitrogênio. Existem bactérias denominadas fixadoras de nitrogênio(rhizobium) que o retiram do ar e o repassam para outros organismos(plantas->animais->homem) que através da morte e /ou excreções ,o nitrogênio é processado por bacterias decompositoras cujo produto de tal ação é a amônia .Embora altamente tóxica, na natureza surgem as bactérias do gênero nitrosomonas e nitrosococcus que com oxigênio à transforma em nitrito + energia .

Igualmente tóxico o nitrito sofre a ação de bactérias do gênero nitrospira(nitrobacter) de onde o transforma em nitrato+ energia.

Por fim bactérias anaeróbicas desnitrificantes ,como as pseudômonas,usam dos nitratos no processo respiratório devolvendo para a natureza o nitrogênio

Entre os animais a amônia se faz presente da seguinte forma:
1)Nos peixes eliminam diretamente na água(amonotélicos)
2)Pássaros e répteis eliminam amônia na forma de ácido úrico (uricotélicos)
3) Vertebrados superiores e o Homem eliminam amônia na forma de uréia(ureotélicos)


No geral, entre os animais, a amônia livre produzida em diferentes tecidos por diversas reações é transformada em algum composto sem toxidade antes de transitar pelo sangue até os rins e o fígado, motivo este pelo seu alto grau tóxico.
Assim concluímos que não temos fontes comerciais naturais de amônia, onde para tal somente é obtida industrialmente.

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O Feng Shui ( Kan Yu) ,filosofia chinesa que data de algo em torno de 300aC, que teve como mola propulsora de sua difusão no ocidente a escola Black Sect nos anos 60. No Brasil , de acordo com a pesquisadora, paisagista e terapeuta holística Sandra Siciliano ,através de arquitetos que visitaram os Estados Unidos e lá tiveram contato com esta filosofia tão em voga por conta do movimento Nova Era , trouxeram para cá no ínicio da década de 90. Há relatos que Wu Jyh Cherng, Sacerdote Taoísta Ordem Ortodoxa Unitária e Presidente da Sociedade Taoísta do Brasil , filho do Mestre Wu que criou o Instituto de Cultura Chinesa no Rio de Janeiro teria sido quem realmente implantou no Brasil tal filosofia.Porém ele chegou ao Brasil em 1984 e somente após alguns anos ele retornou à China para iniciar-se e aprofundar seus estudos nas Artes dos Oráculos, da Astrologia e do Feng Shui, arte taoísta de harmonizar a energia dos ambientes. No final das contas,retornamos ao início da década de 90 mesmo.

O por quê no mesmo tópico amônia e Feng Shui?

Corre na internet fórmulas de limpeza espiritual com uso de amônia e muitas são associadas como prática de Feng Shui. Afora sites e blogs de caráter duvidosos não encontrei qualquer fórmulas deste tipo nos sites abaixo, que por sinal alertam sobre a divulgação de práticas alheias à esta filosofia :

- http://www.fengshuibrasil.com.br/
- http://www.fengshui.com.br/
- http://www.taoismo.org.br/

Igualmente vejo hoje em dia uma ampla divulgação via internet do uso de amônia como elementos magístico da Umbanda para se efetuarem limpezas ( bem como anil e querosene ,tão estranhos como a também divulgação de estrume de gado para defumações ).

Uma busca minuciosa foi efetuada em documentos existentes na biblioteca da família, pesquisas efetuadas desde 1896 até 1989 em centenas de Templos Umbandistas bem como em Quimbandas, antigas Macumbas ,alguns hoje quase extintos Canjerês,Cabilas, Rodas de Caxambu e Tutubandas, barracões de Candomblé . Neste período , em “casas” boas e ruins ,sérias e pouco confiáveis, não foi encontrada uma única citação sobre o uso de amônia.

Igualmente pesquisa feita em livros ditos Umbandistas datados até 1990 (obviamente por não possuirem a influência da internet ) e livros acerca de religiões e seitas anteriores ao advento da Umbanda até 1990 também não apresentou qualquer citação sobre o uso amônia (apenas 2 “ensinavam” algo um tanto bizarro: Desmanchar trabalhos urinando sobre eles e banho com urina de criança para ajudar a desenvolver a mediunidade)

Para um exemplo se levarmos em conta que a Umbanda utiliza alguns elementos ritualísticos de origem industrial , temos a pólvora. Embora seja usada em raros eventos magísticos , ela é de conhecimento da Humanidade e mais diretamente dos indígenas(à partir de 1500 e com a primeira fábrica de pólvora no Brasil em 1808 no Engenho da Lagoa de Rodrigo de Freitas) e africanos( chega ao norte da África por volta de 1305 e foi usada também como mercadoria de troca,ainda em terras africanas, por escravos). É sabido também que a pólvora usada magisticamente não é pura ,sendo acrescida de outros elementos de acordo com a necessidade apresentada.

Particularmente, em conversas com alguns Umbandistas “dinossauros “ da internet (pessoas que transitam desde 1995 nas antigas listas e comunidades do Yahoo, que são pré Orkut e pré MSN) não tivemos qualquer lembrança de citações de uso de amônia , embora foi lembrado já o aparecimento de defumações com estrume de vaca e o uso de creolina para limpeza.

Algo que destaco à título de curiosidade mas que serve à reflexão é a possibilidade da massificação de informação errônea e onde a internet é campo fértil e de rápida disseminação.

Sabemos que é extremamente comum pessoas ouvirem um ponto, entender algumas palavras de forma errada e postar nas comunidades,blogs e afins o ponto alterado. Exemplos como Euxoce , Nhan-San, gongar ,cambinda ;Nas saudações como marrombachê ou arrobachê, odoce iabá , eô eô ossaim ,arroboboiá e tantas outras acabam sendo adotados pela maioria que usa a internet como fonte.

Desta forma cito um fato que além de exemplo do entender errado o que se ouve ,serve também para pensar um pouco.

No Alto Juruá na Amazônia existem 2 tribos indigenas :Ashaninka(cuja grande maioria vive em terras peruanas )e Arara que habitam às margens de um rio que se chama Amônia. Conta-se que tal nome é uma corruptela da palavra indígena amaniá.

Amaná ,amaniá = chuva
Amanacy ,amaniacy= mãe da chuva

Diante do que expomos acima, acreditamos que realmente a amônia não faz parte dos elementos ritualístico da Umbanda.

Assim:

1)Ou trata-se de um modismo amplamente divulgado atualmente nos diversos sites e blogs que “ensinam “ fórmulas de limpezas e banhos (com ou sem o nome da Umbanda neles pois muitos se auto denominam esotéricos, etc,etc) ,fazendo a bobagem de associar poder germicida da amônia com capacidade magística de limpeza espiritual .

* Só para exemplificar , a “sensitiva” Márcia Fernandez em um programa de TV “ensinou” uma simpatia para evitar que energias negativas atinjam uma pessoa, bastava colocar um esparadrapo no umbigo ,local este segundo ela por onde as energias negativas penetram .Pois bem, quem tiver a curiosidade de procurar na internet o tema irá encontrar mais de 100 sites,blogs e/ou afins fazendo esta mesma indicação.

2)Ou trata-se de mais um exemplo de alguém escutar uma coisa e entender outra completamente diferente.

Se o caso for a primeira, temo que daqui à algum tempo teremos pessoas usando Bom Ar para substituir defumações e Ajax Limpeza Pesada para retirar “miasmas” das paredes de terreiros e residências.

Anjo Ariano
Luz e Paz

Plantas alucinógenas

Em uma conversa foi-me relatado que alguns locais que se dizem Umbanda estariam fazendo uso de “santo daime” ,outros do “macerado de catimbó” e,o que mais assustou-me, diamba (maconha) para a estranha “falange de malandros”.

Cogumelos sagrados usados ritualisticamente no México, vinho de jurema usado no Catimbó , mescal ou peyolt usado pelas populações indígenas na América Central e na Igreja Nativa dos EUA , caapi e chacrona usados na Santo Daime , datura stramonium usada por algumas populações indígenas dos EUA, etc , são plantas alucinógenas cujos efeitos variam de pessoa para pessoa dependendo da constituição psicobiofísica e dosagem . A única certeza científica é que produzem uma alteração na percepção da realidade dos usuários que vai do bem estar à alucinações e delírios como também afetam a fisiologia causando de sudorese ,dilatação das pupilas, taquicardia, náuseas, vômitos ,etc.

Condeno as seitas e seus seguidores por seu uso?
De forma alguma.Esta é a crença deles e com certeza absoluta de nada valeria uma possível condenação minha .Se a ciência , se a justiça, se a sociedade condenar irão tranquilamente,em nome da fé, continuar a fazerem uso; Portanto minha manifestação seria inócua e sem importância alguma além de ser uma agressão adentrar nas normas e ritos de uma fé que não professo, que não sou seguidor.

Sou favorável então ao uso de tais plantas alucinógenas?
Bom. Aí já modifica bastante o enfoque. Tenho 2 filhos (um com 25 anos e uma com 6 anos) e como pai zeloso em quem Deus confiou a guarda e, consequentemente, a educação intelectual e moral destes 2 espíritos jamais iria ser favorável ao uso de substâncias que tirassem a plena consciência nem que fosse por alguns segundos. Jamais avalizaria o uso de algo que com a promessa de espiritualização pudesse faze-los trilhar por um caminho tortuoso, de enorme sofrimento e de ,muitas vezes, sem volta.
Quem é pai (e mãe) como eu quer seus filhos na mais plena saúde física,intelectual, mental e espiritual .

Como Umbandista, o que acho sobre tais plantas alucinógenas?
Nada , desde que não ultrapasse as portas dos Templos Umbandistas.

Primeiro que em nossa religião basta uma oração ,uns bons pontos cantados ,uns bons banhos ,uma boa concentração para que nos liguemos à Espiritualidade Superior. Nada supera uma irradiação de um Espírito que dirá a incorporação. Quem poderá afirmar se à base de alucinógenos estaríamos tendo algum “contato superior”ou se seria apenas delírio proporcionado pelos desarranjos químicos em nosso cérebro?

Segundo que estaríamos caminhando perigosamente para um “vale tudo” ,onde muitos achariam a justificativa de fazer uso de maconha ou cocaína ,na nossa já tal mal afamada e perseguida Umbanda pelos seus detratores.
Se mal conseguimos explicar suficientemente o uso de tabaco e álcool em nossos rituais que dirá de substâncias condenáveis aos olhos da maciça maioria da sociedade? Seriamos além de “macumbeiros de despachos”, “adoradores do demônio” , “fazedores de magia negra” incluindo rituais de morte , “carregadores de encosto” , etc,etc , ainda estaríamos associados à usuários de drogas.

Não vejo a Igreja Católica ,nem a Igreja Protestante nas mais variadas vertentes, nem as seitas Evangélicas nas mais variadas vertentes defenderem o uso de tais plantas em seu seio.

Podem explicar: Estas não fazem do contato com a Espiritualidade via mediúnica como prática em seus ritos.
Pois bem! E a Doutrina Espírita? Também não defende tal uso, ao contrário mostra-nos o prejuízo que tal prática pode acarretar.
P
odem ainda afirmar: É, mas a Doutrina Espírita não tem rituais.
O Candomblé tem rituais mas também jamais vi ou ouvi relatos de Barracões sérios e respeitáveis adotarem a prática de utilizar substãncias alucinógenas.

Nada disto justifica porque cada religião tem suas práticas que independem das outras.Certíssimo! Mas por quê tem que ser justamente a Umbanda para resolver adotar práticas que só servirão para Ela ser mais execrada do que já é? Menos respeitada do que já é? Mais mal vista do que já é?

Afinal a Umbanda é curva de rio onde só enrosca porcarias????

Lutamos há décadas para mostrar à sociedade a beleza , a pureza e a iluminação da doutrina e da filosofia Umbandista. Lutamos para derrubar muros e construir pontes entre nós,Umbandistas sinceros e verdadeiros, e as demais pessoas que não A conhece , que não A compreende.

Lutamos não para converter as pessoas pois não somos proselitistas mas para que vejam que a Umbanda é uma religião séria seguida por pessoas sérias com os únicos intuitos básicos de prestar a caridade pura e adquirirmos conhecimentos com conseqüências morais que nos farão pessoas melhores neste mundo e menos necessitadas no próximo.

A Umbanda ,por tudo que já nos deu, por tudo que já nos proporcionou, não merece que nossa omissão em nome do “politicamente correto” venha à macular a brancura da sua bandeira da paz, caridade e iluminação. Tenhamos pois nossas portas abertas aos necessitados ,encarnados e desencarnados, mas estejamos atentos para que determinadas coisas fiquem da soleira para fora sob pena de ,futuramente, vermos nossos Templos iluminados se transformarem em porões escuros.

Querendo ser tudo não seremos nada. Respeitemos as seitas que destas plantas fazem uso mas sejamos uma alternativa àqueles que buscam o contato com a Espiritualidade sem subterfúgios, sem elementos que agridem nossa percepção , apenas com Fé, oração, pontos cantados, vibrações; Ofereçamos a pureza e a simplicidade de nossos rituais; Ofereçamos a luz da Umbanda.

Anjo Ariano
Luz e Paz

Bacilos psíquicos da tortura sexual

Num rapaz que esperava, de lápis em punho, em exercício da mediunidade, mergulhado em fundo silêncio:

Os núcleos glandulares emitiam pálidas irradiações.

A epífise, principalmente, semelhava-se a reduzida semente algo luminosa.

No aparelho genital, as glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade.

Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibravam ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas, nas vesículas seminais, na próstata, nas massas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica.

Que significava aquele acervo de pequeninos seres escuros?

Pareciam imantados uns aos outros, na mesma faina de destruição.

Pareciam as expressões mal conhecidas da sífilis.

Mas, não temos sob os olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos.

São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente.

Estes bacilos psíquicos têm sido cultivados por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras, que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com freqüência, à maneira de imperceptíveis vampiros. O pobrezinho ainda não pôde compreender que o corpo físico é apenas leve sombra do corpo perispiritual, não se capacitou de que a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida e, recebendo as advertências de entidades espirituais sobre a temperança, acredita ouvir remotas lições de aspecto dogmático, exclusivo, no exame da fé religiosa. A pretexto de aceitar o império da razão pura, na esfera da lógica, admite que o sexo nada tem que ver com a espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si. Esquece-se de que tudo é espírito, manifestação divina e energia eterna. O erro de nosso amigo é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo físico, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual.

André Luiz

A Bíblia do Umbandista

Meus irmãos eu vou relatar um pensamento, que me foi apresentado, de um Guia, em uma gira de Exu-Velho, e sinceramente, eu fiquei impressiona do com a sabedoria deste Exu-Velho, no final do relato eu conto quem foi o Sr. Da Luz.
Certo dia estava conversando com um conheci do de outra religião (totalmente oposta aos nossos conceitos) e acabamos entrando em uma discussão sobre livros e claro que o questionamento inevitá vel foi feito:
- Porque a sua religião não tem uma Bíblia?
O Silêncio tomou conta de nosso diálogo por um pequeno instante. Expliquei que temos vários livros que contam a história de nossa religião, procedimentos, con dutas, fatos que são relatados, etc. Mas confes so que de início concordei com a observação do questionador.
Bom, continuamos com a nossa conversa, mas aquilo ficou martelando em minha cabeça, por al guns dias, até a chegada da Luz do irmão e amigo Exu-Velho.
É chegado o dia da Gira de Exu-Velho, os sábios Tatás que recebemos em nossa Sagrada Umbanda, e posso dizer a vocês de coração, realmente que sa bedoria eles possuem.
Todos os preparativos prontos, então nós inicia mos, defumação sendo passada, pontos cantados, energia circulando, trabalho aberto, assistência pronta para atendimento e o meu amigo e irmão, que tenho um respeito enorme, chega ao terreiro para os trabalhos e atendimentos.
Os atendimentos são iniciados, os passes de lim peza, de cura, de incentivo, etc e a dúvida mar telando em minha mente, até que uma voz meio idosa que saía do fundo da alma no meio do va zio dizia-me: - Sossega “burro novo”, acalme-se que depois nós conversamos, temos muito traba lho pela frente. Acatei os conselhos do Senhor e concentrei-me no trabalho. Após os atendimentos é chegada a hora dos esclarecimentos.

Os atendimentos são iniciados, os passes de lim peza, de cura, de incentivo, etc e a dúvida mar telando em minha mente, até que uma voz meio idosa que saía do fundo da alma no meio do va zio dizia-me: - Sossega “burro novo”, acalme-se que depois nós conversamos, temos muito traba lho pela frente. Acatei os conselhos do Senhor e concentrei-me no trabalho. Após os atendimentos é chegada a hora dos esclarecimentos.
Então o Sr. Exu-Velho com toda a sua Divina sabedoria dá a sua palavra para este “burro novo” (é assim que sou chamado por ele):
- O “burro novo”, quando lhe perguntarem - Qual é a sua Bíblia? Você calmamente sorri e responde:
“A minha Bíblia é imensa e chama-se Natureza, uma única e verdadeira obra Divina, feita única e exclusivamente pe las mãos do grande Criador do Univer so, onde seus capítulos e versículos são:
· A Cachoeira
· A Pedreira
· O Caminho
· O Lago
· O Mar
· A Mata
· O Céu
· O Fogo
· A Terra
· A Chuva
· O Vento
· O Dia
· A Noite
· A Vida
· A Morte
Onde tudo que precisamos saber está escrito nela, e já faz um bom tempo que foi escrito, antes mesmo de aparecer a nossa escrita. E que tudo isso é obra do Divino Criador do Universo, onde deve mos o devido respeito. Ela é a nossa Bí blia, ela é Bíblia do Umbandista”.
Por estas poucas e sábias palavras eu agradeço ao Sr. Exu-Velho, pelo conhecimento passado a este “burro novo”.
Laroyê Sr. Tatá Caveira, eu me curvo diante de vossa sabedoria e lhe agradeço por me escolher como vosso “burro” para trabalhar.

Mensagem passada pelo Sr. Exu Tatá Caveira através do médium Danilo Lopes Guedes do Núcleo de Umbanda Casa da Vovó e do Vovô

http://www.umbandacarismatica.org.br/paginas/juca.html

Você sabe o que é Mandinga?

“Quem não pode com mandinga, não carrega patuá”, diz uma antiga expressão, hoje muito usada como sinônimo de outra coisa que diz: “quem não tem competência, não se estabelece”.

Comete engano quem acre­di­ta que a expressão esteja referin­do a mandinga como feitiço, ebó, ‘coisa feita’, etc. Mandinga é um grupo (ou na­ção) africano do norte que por sua proximidade com os árabes aca­bou por se tornar mu­çulmano e, sendo esta uma religião fanati­zante, seus adeptos têm verdadei­ro ódio aos que não aceitam Alá como Deus ou Maomé como seu profeta.Com o desenvolvimento do trá­fico de escravos, muitos negros mandingas vieram parar nas Amé­­ricas, vítimas que foram da ambição dos brancos. Por serem os negros mandingas muçulma­nos, muitos desses escravos sa­biam ler e escrever em árabe, além de conhecer a matemática melhor do que os brancos, seus senhores, e este estado superior de cultura de um determinado grupo negro fêz com que fossem tidos como feiticeiros, passando a ex­pres­são mandinga a sinônimo de feitiço.

Por outro lado, os negros que praticavam o culto aos Orixás eram vistos como infiéis pelos ne­gros mulçumanos. O branco, apro­veitando-se dessa rivalidade e confiando aos mandingas fun­ções superiores que os demais, fazia a animosidade entre eles crescer. Os mandingas não eram obrigados pelos brancos a ingerir restos de carne de porco, e até mesmo permitiam que estes trou­xes­sem trechos do Alcorão en­cerrados em pequenos invólu­cros de pele pendurados ao pescoço.
Geralmente eram os mandingas quem acabava ocupando o lugar de caçadores de escravos fujões, os chamados “capitães-do-mato”.

Por isso, quando um negro pre­tendia fugir, além de se prepa­rar para lutar sem armas através da capoeira e do maculelê, ele dei­xava o cabelo carapinha e pen­durava ao pescoço um patuá, de forma que pensassem tratar-se de um mandinga, para não ser per­se­guido. Todavia, se um verda­deiro mandinga o abordasse e ele não soubesse responder em ára­be, o verdadeiro mandinga des­car­re­garia todo seu furor nesse in­fe­liz negro fujão.Daí nasceu a expressão “quem não pode com mandinga, não carrega patuá”.

A vingança a quem se atre­vesse a portar um falso objeto considerado sagrado pelo muçul­mano era qualquer coisa de ter­rível. Mais tarde, porém, o hábito de utilizar patuás entre negros foi se generalizando, pois estes acre­ditavam que o poder dos man­dingas era devido, em grande par­te, aos poderes do patuá. Por outro lado, os padres também uti­li­zavam, e ainda hoje utilizam, cru­cifixos e medalhas, Agnus Dei, etc., que, depois de benzidos, a maio­ria das pessoas acredita pos­sam trazer proteção aos devo­tos nelas representados.Nos primeiros terreiros de Can­domblé que se organizavam, era comum o pedido de patuá por parte dos simpatizantes

MAS, AFINAL, O QUE É PATUÁ?
O patuá é um objeto consa­grado que traz em si o aché, a força mágica do Orixá, do santo ca­tólico ou Guia de luz, a quem ele é con­sagrado.
Entre os ca­tólicos já era há­bito usar um frag­mento de qual­quer objeto que houvesse perten­cido a um santo ou a um papa, até mesmo fragmento de ossos de um mártir ou lascas de uma su­posta cruz que teria sido a de Cristo. Até mesmo terra, que era trazida pelos cruzados que volta­vam da Terra Santa e que a utiliza­vam nesses relicários, considera­dos poderosos amuletos, que de­ve­riam atrair bons fluidos e prote­ger dos azares.
O nome relicário é originário de latim relicare-religar, que aca­bou formando a palavra relíquia.
Logo o clero percebeu que não po­deria impedir o uso dos patuás pelos negros, que os tiravam an­tes de entrar na igreja, mas vol­tavam a usá-los ao afastar-se de­la. Decidiram, então, substituir o patuá africano (o autêntico), que tra­zia trechos do Alcorão, por outro que trazia orações católicas, me­da­lhas sagradas, Agnus Dei (uma espécie de medalha com o forma­to de coração, que se abre ao meio, onde se encontram as figu­ras de Jesus e Maria ou ainda sím­bolos da Igreja tradicional).
Com a formação dos primei­ros templos de Umbanda e a possibilidade de um contato mais estreito com diversas Entidades es­pi­rituais, as pessoas que bus­ca­vam proteção começaram a en­con­trar nesses objetos sagrados um apoio (era algo material que continha a força mágica vibratória da entidade que o trabalhara e que o crente poderia ter sempre con­sigo). A partir daí, as entidades de luz passaram a orientar sua ela­boração, indicando quais objetos seriam incluídos na confecção do patuá e como se deveria proceder com eles para que recebessem o seu aché, isto é, a força mágica.

Os ingredientes geralmente mais utilizados para a confecção dos patuás são os seguintes:
Figas de guiné; Cavalos ma­rinhos; Olhos de lobo (raros e ca­ros); Estrela de Salomão; Estrela da guia; Cruz de caravaca; Couro de lobo; Pêlo de lobo; Santo Anto­nio de guiné; Imagens de Exu e Pom­ba Gira da Guiné; Pontos di­versos; Orações; Sementes varia­das; Imãs, etc.
Não nos esqueçamos que es­sas coisas singelas não têm ne­nhum valor se não forem pre­paradas pelas entidades incorpo­rantes. Somente estas podem dar o aché ao patuá.

Trechos do livro “Iniciação à Umbanda” vol. 2 – Tríade Editora de Pai Ronaldo de Linares e Diamantino Fernandes Trindade.
A coleção completa dessa obra, que é composta por 9 volumes, está em processo de revisão para futuro lançamento pela Editora Madras, aguardem!